O filme acompanha a carreira e a vida do cantor Wilson Simonal. No final dos anos 50, Simonal era um dos mais "quentes" do cenário musical brasileiro. Negro e de origem pobre, conquistou o público na época não somente por sua bela voz, mas principalmente carisma e talento para lidar com o público. Com o golpe militar de 1964, Simonal tornou-se vítima da má sorte, aliada a erros em sua vida pessoal, com um toque de interesses cruzados. Por isso, experimentou um período de ostracismo na carreira artística, retomada de uma forma decadente por volta de 2000, pouco tempo antes de sua morte e muitos após o auge de sua carreira.
Ficha Técnica:
Título Original: Simonal – Ninguém Sabe O Duro Que Dei
Gênero: Documentário
Duração: 84min.
Lançamento (Brasil): 2009
Distribuição:
Direção: Cláudio Manoel, Micael Langer, Calvito Leal
Roteiro: Claudio Manoel
Produção:
Produtores associados: Raul Schmidt e Roberto Berliner
Coordenadora de produção: Lorena Bondarovsky
Produção executivo: Manfredo Barretto, Rodrigo Letier
Co-produção: Globo Filmes, TvZERO, Zohar
Música: Berna Ceppas
Som: Denílson Campos
Som direto: Paulo Ricardo Nunes
Fotografia: Gustavo Habda
Edição: Pedro Duran, Karen Akerman
Max de Castro ........ Filho e músico
Simoninha ........ Filho e músico
Bárbara Heliodora ........ Crítica teatral, Ex-patroa da mãe de Simonal
Luiz Carlos Miele ........ Produtor musical
Nelson Motta ........ Jornalista
Paulo Moura ........ Músico
Ricardo Cravo Albin Pesquisador musical
Chico Anysio ........ Humorista
Castrinho ........ Humorista
Tony Tornado ........ Cantor e Ator
Artur da Távola ........ Jornalista
Sérgio Cabral ........ Jornalista e membro do Pasquim
Ziraldo........ Cartunista e membro do Pasquim
Jaguar ........ Cartunista e membro do Pasquim
José Bonifácio de Oliveira ........ Boni (Ex- executivo da TV Globo)
Pelé ........ Ex-jogador de futebol
Mário Sabá ........ Músico e membro do Som 3
Raphael Viviani ........ Ex-contador da Simonal Comunicação
Sandra Cerqueira ........ Segunda esposa
Prêmios e Indicações:
• Menção Honrosa no 13º Festival É Tudo Verdade 2008.
• Melhor Documentário – Juri Oficial e Juri Popular, I Festival Paulínia de Cinema.
Curiosidades:
• Claudio Manoel é redator e ator da TV Globo. É integrante do grupo Casseta & Planeta, programa semanal de televisão com uma das maiores audiências no Brasil.
• Micael Langer cursou Rádio e TV e já trabalhou como assistente de correspondente no The New York Times no Rio de Janeiro. Desde 2003, trabalha como produtor, roteirista, diretor e pesquisador em curtas-metragens, vídeos institucionais, filmes publicitários e DVDs.
• Calvito Leal formou-se em Publicidade e Criação na Universidade Mackenzie em São Paulo no ano 2000. Depois de trabalhar por três anos como assistente de fotografia, mudou-se para o Rio de Janeiro a convite da Conspiração Filmes, onde trabalhou na composição digital de filmes publicitários. Depois, como assistente de direção freelancer trabalhou em inúmeras produções nacionais e internacionais e em mais de 350 filmes publicitários. Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei marca sua estreia na direção de filmes.
• Participou do Festival do Rio 2008 (Hors Concours);
• Selecionado para Festival de Cinema do Amazonas; Cine BH; Mostra de Documentários de Maceió; Festival de Aruanda; Cinemúsica; V Panorama Internacional Coisa de Cinema; V Festival de Cinema de Arte de Salvador; V Festival de Verão.
• Sem patrocinio, Claudio Manoel resolveu iniciar o projeto do filme com dinheiro do própio bolso.
• Foram contratados detetives para encontrar algumas pessoas chaves para o documentário, (o promotor do caso, os detetives do DOPS, o motorista do Simonal) e, por diversas razões, e o único que ele encontrou foi o contador [Raphael Viviani, a quem Simonal era acusado de mandar dar uma surra, episódio que deflagrou todo o processo de degradação de sua imagem pública].
• Quando foram a casa do contador, Calvito ficou dentro da van com a câmera e Micael bater à porta, com um microfone de lapela sem fio. O argumento que convenceu o Viviani a falar foi a de que ele poderia se defender da acusação de que estaria roubando dinheiro da firma. Os diretores tiveram a impressão que não só a família do Simonal foi destruída por esse acontecimento – a do Viviani sofre muito até hoje.
• O processo criminal do Simonal foi encontrado uma semana antes de ser destruído.
• O longa-metragem É Simonal de Domingos de Oliveira. A grande maioria das imagens coloridas do do documentário foram retiradas deste filme. E houve surpresas como a cena do palhaço negro num programa de TV, algo sobre que ninguém tinha comentado – você nunca imaginaria que, em 1968, alguém faria um número com aquele teor racial, com aquela intensidade.
• Muito material acabou ficando de fora do filme, mas deve entrar no DVD.
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