Nome Completo: Nelson Pereira dos Santos
Natural de: São Paulo, Brasil
Data de Nascimento : 22 de Outubro de 1928
Nelson Pereira dos Santos é um ator, produtor, roteirista e diretor de cinema brasileiro.
Considerado um dos mais importantes cineastas do país, seu filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, é um dos filmes brasileiros mais premiados em todos os tempos, sendo reconhecido internacionalmente como obra-prima.
Foi um dos precursores do movimento do Cinema Novo.
É o fundador do curso de graduação em Cinema da Universidade Federal Fluminense, sendo professor do Instituto de Artes e Comunicação Social da UFF.
O cineasta Nelson Pereira dos Santos estreou na direção em 1955, com “Rio 40 Graus”, que foi proibido pela censura ditatorial da época. O longa, marcado por seu engajamento social, foi o precursor do Cinema Novo, tratando de um tema até então inédito nos filmes da época, em sua maioria chanchadas, que era a vida nas favelas do Rio de Janeiro, no caso.
Formado em direito e graduado em direção na Escola de Paris, este paulista mais carioca do Brasil foi professor fundador do curso de graduação em cinema da Universidade Federal Fluminense, além de ter lecionado na Universidade de Brasília e outras instituições no Brasil e exterior.
Seu principal longa foi “Vidas Secas” lançado em 1963 e relançado 40 anos depois, em 2003. O longa, além de contar com toda força presente na obra de Graciliano Ramos, foi revolucionário esteticamente contando com a inovadora fotografia de Luis Carlos Barreto, produtor da maior bilheteria da história do cinema nacional “Dona Flor e Seus Dois Maridos”.
- 2006 - Brasília 18%
- 2004 - Raízes do Brasil
- 2001 - Meu Compadre, Zé Ketti
- 2000 - Casa Grande e Senzala
- 1998 - Guerra e Liberdade - Castro Alves em São Paulo
- 1995 - Cinema De Lagrimas
- 1994 - A Terceira Margem do Rio
- 1987 - Jubiabá
- 1984 - Memórias do Cárcere
- 1982 - Missa do Galo, A
- 1979 - Estrada Da Vida
- 1977 - Tenda dos Milagres
- 1974 - Amuleto de Ogum, O
- 1972 - Quem é Beta?
- 1970 - Como Era Gostoso O Meu Francês
- 1969 - Azyllo Muito Louco
- 1968 - Fome de Amor
- 1966 - El Justicero
- 1963 - Vidas Secas
- 1963 - Boca de Ouro
- 1961 - Mandacaru Vermelho
- 1957 - Rio Zona Norte
- 1955 - Rio 40 Graus
- 1949 - Juventude
- 2004 - Raízes do Brasil
- 1995 - Cinema de Lágrimas
- 1994 - A Terceira Margem do Rio
- 1987 - Jubiabá
- 1984 - Memórias do Cárcere
- 1982 - Missa do Galo, A
- 1977 - Tenda dos Milagres
- 1974 - Amuleto de Ogum, O
- 1970 - Como Era Gostoso O Meu Francês
- 1969 - Azyllo Muito Louco
- 1968 - Fome de Amor
- 1967 - El Justiceiro,
- 1963 - Vidas Secas
- 1963 - Boca de Ouro
- 1961 - Mandacaru Vermelho
- 1957 - Rio Zona Norte
- 1955 - Rio 40 Graus
- 1961 - Barravento
- 1976 - Dona flor e seu dois Maridos
- 1970 - Como Era Gostoso O Meu Francês
- 1965 - A Hora e a Vez de Augusto Matraga
- 2004 - Glauber o Filme, Labirinto do Brasil
- 1999 - Dia da caça ........ Canosa
- 1997 - For all, o trampolim da vitória
- 1981 - Um filme para cinema
- 1978 - Nelson Pereira dos Santos saúda o povo e pede passagem
- 1971 - Nelson filma: o trajeto do cinema independente no Brasil
- 1971 - Matei Por Amor
- 1968 - Jardim de guerra
- 1961 - Mandacaru vermelho
• Raízes do Brasil, sobre o historiador Sérgio Buarque de Hollanda, é o vencedor do prêmio "Margarida de Prata", da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na categoria de melhor documentário.
• Ganhou o Prêmio FIPRESCI no Festival de Cannes, por "Memórias do Cárcere" (1984).
• Ganhou o Prêmio OCIC no Festival de Cannes, por "Vidas Secas" (1963).
• Ganhou o Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Curta-Metragem, por "Meu Compadre, Zé Ketti" (2002).
• Ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Havana, por "Memórias do Cárcere" (1984).
• Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme no Festival de Gramado, por "O Amuleto de Ogum" (1974).
• Ganhou o Troféu Oscarito no Festival de Gramado, em 1998.
• Ganhou o Troféu Candango de Melhor Filme no Festival de Brasília, por "Tenda dos Milagres" (1977).
• Ganhou o Troféu Candango de Melhor Diretor no Festival de Brasília, por "Tenda dos Milagres" (1977).
• Ganhou 2 vezes o Margarida de Prata, por "A Terceira Margem do Rio" (1994) e "Raízes do Brasil" (2004).
Curiosidades:
• Cineclubista em São Paulo, onde nasceu em 1928, Nelson Pereira dos Santos entrou para o cinema como assistente de direção de Rodolfo Nanni, em O Saci (1951-1953).
• Já no Rio, para onde se mudara em 1953, trabalhou como assistente de Alex Viany, em Agulha no Palheiro, e Paulo Wanderley, em Balança Mas Não Cai, cujas filmagens concluiu.
• Rio 40º, seu primeiro longa, realizado entre 1954 e 1955, era uma crônica da cidade, narrada em clave neo-realista, que marcou toda a geração que mais tarde deslancharia o movimento Cinema Novo.
Faria parte de uma trilogia que afinal se esgotou com o segundo filme do cineasta, Rio Zona Norte, rodado em 1957.
• Entre 1957 e 1960, trabalhou como jornalista e tentou produzir uma versão do romance de Graciliano Ramos, Vidas Secas, afinal frustrada por uma enchente e outros contratempos. Para aproveitar a viagem e em condições as mais precárias, improvisou no interior baiano um bangue-bangue sertanejo, Mandacaru Vermelho (1960), co-estrelado por ele próprio.
• Vidas Secas só chegaria às telas três anos mais tarde, antecedido de uma adaptação de Nelson Rodrigues, O Boca de Ouro (1962).
• Com El Justicero (1967), trocou o subúrbio do Rio e a caatinga nordestina pelas frivolidades da zona sul carioca.
• Ainda eram burgueses os personagens do filme seguinte, Fome de Amor (1968), só que vistos por ótica bem diversa, mais crítica e moderna.
• Adaptações literárias - de Machado de Assis (Azyllo Muito Louco, 1969), Jorge Amado (Tenda dos Milagres, 1977, e Jubiabá, 1986), Graciliano Ramos (Memórias do Cárcere, 1983) e Guimarães Rosa (A Terceira Margem do Rio, 1993) - complementam sua obra, marcada, ainda, por uma aventura cômico-antropofágica ambientada no Brasil quinhentista (Como Era Gostoso o Meu Francês, 1970) e por uma volta ao ambiente popular suburbano (O Amuleto de Ogum, 1974).
• Nelson Pereira dos Santos ganhou prêmios em festivais nacionais e internacionais (Cannes, Havana, Polônia). Em reconhecimento ao seu trabalho, já foram organizadas mostras e retrospectivas em países como França, Itália, Canadá, EUA e Japão, entre outros.
• Foi o 1º diretor eleito para a Academia Brasileira de Letras.
• Integrou o júri do Festival de Veneza de 1986 e 1993.
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