sábado, 3 de outubro de 2009

A Concepção - 2006



Sinopse:

Alex (Juliano Cazarré), Lino (Milhem Cortaz) e Liz (Rosanne Holland) são filhos de diplomatas que vivem juntos em Brasília num apartamento vazio, sem os pais e cheio de quinquilharias. Trocam afetos variados alheios ao mundo. Entediados, tentam viver cada dia como se fosse único. O processo radicaliza quando X (Matheus Nachtergaele), uma pessoa sem nome e sem passado, entra na casa e propõe ir sem freios na idéia de viver apenas um dia.

Ficha Técnica:
Título Original: A Concepção
Gênero: Drama
Duração: 96 min.
Lançamento (Brasil): 2006
Distribuição: Imovision
Direção: José Eduardo Belmonte
Roteiro: Luís Carlos Pacca e Breno Álex
Produção: Paulo Sacramento e Lili Bandeira
Co-produção: Olhos de Cão Produções Cinematográficas, Anhangabaú Produções,
Sacramento Filmes e Film Noise
Música: Zepedro Gollo
Fotografia: André Luís da Cunha
Direção de arte: Akira Goto
Figurino: Fabrícia Mancuso
Edição: Paulo Sacramento e José Eduardo Belmonte


Elenco:
Matheus Nachtergaele ........ X
Milhem Cortaz ........ Lino
Rosanne Holland ........ Liz
Juliano Cazarré ........ Alex
Murilo Grossi
Gabrielle Lopez



Premiações:

• Ganhou os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Edição, no Festival de Brasília.


Crítica:
• Para que servem os nossos nomes, se no final das contas o que conta é a nossa pessoa e as atitudes que tomamos perante amigos e parceiros amorosos. E se temos nomes, por que então, pra tudo que vamos fazer são os números que nos pedem: CPF, RG, Nº da conta etc. E o nome nessa história não passa de um mero coadjuvante!

Parece-lhe anarquista esta introdução? Pois é, o filme “A concepção”, dirigido por José Eduardo Belmonte e dos mesmos produtores de “Amarelo Manga”, Olhos de cão, não é um soco, é um chute no estômago, e vai um pouco além do anarquismo.

A humanidade está doente.

O filme se passa em Brasília, começa com o cotidiano de alguns jovens filhos de diplomatas que trabalham fora do Brasil. Vivem em um apartamento Alex, Lino e Liz. São todos jovens e com um grande fator em comum: não agüentam mais o tédio do Distrito Federal.

Esse tédio vai dar lugar a outras sensações. Tudo muda quando Lino e Alex vão a zona e lá conhecem X, personagem sem nome e sem história, mestre em falsificar documentos e alquimista. Os dois rapazes logo se interessam pelas idéias de X, os três encerram a noite nos lençóis.

No dia seguinte, X propõe a formação de um falso movimento, A Concepção, que prega entre outras coisas como, a morte do ego, abolir o dinheiro, o caminho do excesso, nem que pra isso seja necessário o uso de drogas, viver cada dia como se fosse o último.

O que querem os concepcionistas? Nada, querem a morte do ser a cada 24 hs, abrir mão dos números, dos cartões, fraudar pessoas, ser um alguém a cada dia, se relacionar com pessoas sem distinção de sexo.

Conceda-te esse momento de liberdade, abra mão de ser quem você pensa que é...O caminho é mais ou menos esse. Então, ta a fim de ser um concepcionista?

Crítico: Marcelo Hailer

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